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Você sabe o que é inovação aberta?
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Este conceito não é novo, mas a prática em si tem se destacado na atualidade. A tendência em buscar no mercado soluções, em vez de desenvolver novos produtos engloba termos corporativos também atuais, tais como compartilhamento, conexão e comunidade.

Poliane de Campos Brito é Head de Projetos de Inovação Aberta na Hotmilk, o hub de inovação da PUC Paraná, um coletivo que trabalha como consultoria para empresas de diferentes segmentos, no Paraná e em outros Estados. “Nossos programas e jornadas de inovação aberta tem como objetivo tornar as empresas mais inovadoras, pensando na longevidade e sustentabilidade dos negócios”, explica.

De acordo com Poliane, o termo foi cunhado pelo professor americano Henry Chesbrough, quebrando um paradigma de defendia que as empresas não poderiam trabalhar em colaboração, e sim que deveriam desenvolver produtos e serviços de forma totalmente interna. “Trabalhar com Inovação Aberta é entender que empresas, pessoas, hubs, startups, fornecedores, órgão públicos e até mesmo empresas concorrentes podem trabalhar em colaboração para gerar novos produtos e serviços”, destaca.

Ou seja, este é um conceito que rompe com a ideia tradicional de que o conhecimento deve ser mantido internamente. A inovação aberta busca abrir a possibilidade de que novas ideias sejam construídas em conjunto, apresentando diversos benefícios para empresas e instituições que implementaram a iniciativa dentro de suas operações tais como aumento da produtividade, diminuição de tempo e economia no orçamento.

“Quando eu trabalho com inovação aberta e, por exemplo, me conecto com uma startup que tem uma solução pronta para a minha necessidade, eu reduzo o tempo que determinado produto ou serviço seria desenvolvido e chegaria ao mercado. Se eu diminuo o tempo, eu também diminuo os custos daquela operação, eu posso criar novos mercados nessa colaboração e estabelecer um novo modelo de venda. E quando eu me abro para colaboração, eu tenho maior probabilidade de entregar um produto que tenha aprovação do público”, desmistifica a Head.

INOVAR É EXPERIMENTAR


Proporcionar ao consumidor mais do que um produto ou serviço, mas também uma experiência, é um indicativo de empresas que entendem que seus negócios serão ainda mais relevantes à medida que se conectam com as necessidades de seus clientes e estão se mobilizando.

Para Poliane, este tipo de inovação pode ser aliada do desenvolvimento sustentável e da temática ESG através da mudança cultural de compreender que inovar passa por um movimento interno, envolvendo as pessoas para uma cultura de colaboração.

“Empresas que tendem a se conectar com as necessidades dos clientes, a olhar para as mudanças do mercado e compreender que o que as trouxe até o presente não as levará até o futuro, são empresas que entendem também que estamos em um momento em que precisamos pensar na sustentabilidade e o impacto dos negócios no planeta”, pontua.

 

INOVAÇÃO ABERTA NA CONSTRUÇÃO CIVIL


Segundo estudo realizado pelo especialista em engenharia digital e tecnologia BIM, Guilherme Asinelli Silva, e pelo Doutor em Administração e docente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ronie Galeano, publicado na Revista acadêmica São Luís Orione, grande parte das empresas não possuem uma estratégia de  inovação  bem  definida e, daquelas  que  possuem, menos da metade são construtoras ou incorporadoras.

Os especialistas revelam que durante o estudo puderam perceber que muitas das empresas  entrevistadas  não  possuem orçamento para recursos  em  processos  de inovação. “Um  quarto  alocam  menos  de  1%  de  seu  orçamento  nessas  ações, o  que significa quatro pontos percentuais abaixo do investimento médio que as empresas mais inovadoras desprendem de sua receita líquida para inovação”.

Sendo o mercado da construção civil de suma importância à economia e desenvolvimento do país, a cultura de inovação das empresas torna-se imprescindível para que as organizações possam competir e buscar vantagens.

Para isso, o artigo defende que a reestruturação  tecnológica,  políticas diferenciadas de atendimento ao cliente, criação e envolvimento de outros departamentos, melhor qualificação da mão-de-obra são ítens necessários para buscar espaço e destaque no mercado. E propõe que utilizar a inovação aberta como ferramenta se revela uma opção promissora, pela sua conotação de  compartilhamento  de  ideias,  conhecimentos, competências e oportunidades.

OUTROS TIPOS DE INOVAÇÃO


Inovar é um conceito múltiplo, sendo uma importante ferramenta para identificar a estratégia correta para resolver um determinado problema. De acordo com Greg Satell, no livro “Mapping Innovation”, temos outros quatro tipos de inovação: arquitetônica, disruptiva, incremental e radical.

Arquitetônica: é uma combinação dos conhecimentos de domínio, tecnologia e habilidades existentes que são aplicados a um novo mercado.

Disruptiva: é o tipo de inovação mais conhecido por entregar um alto impacto para a sociedade. Tem como objetivo desenvolver algo novo para uma demanda já existente, mudando a forma como a solução interage com o seu público.

Incremental: tem como diretriz a inovação que traz uma melhoria gradual e contínua dos produtos e serviços já existentes.

Radical:  proporciona uma transformação completa através da utilização de novas tecnologias a fim de proporcionar mudança, e assim, revolucionando a forma como uma organização interage com o seu público.

INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE


Com estes dois pilares a Artesano tem como missão reinventar o mercado, buscando de modo colaborativo um morar mais sustentável através do planejamento compartilhado e diminuição de impactos, proporcionando qualidade de vida, saúde, bem-estar e contato com a natureza.



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