Com o mundo voltado para as questões climáticas, a sustentabilidade torna-se um fator primordial também na área de marketing que possui processos que exigem alta demanda de insumos, os quais, agora, passam a ser questionados tanto pelas empresas quanto pelos consumidores.
Quando o assunto é trade marketing, por exemplo, onde as ações utilizam alta demanda de impressão de materiais gráficos, brindes e contratação de pessoas para eventos, optar por escolhas mais ecológicas e reformular processos, passam a ser alternativas a favor do desenvolvimento sustentável, diminuindo o impacto que a geração desenfreada de resíduos e emissões tem causado.
De acordo com o Banco Mundial, devemos gerar 3,4 bilhões de toneladas de resíduos até 2050, um aumento de 70% na comparação com 2016. Desta forma, um dos maiores desafios para reverter esse quadro é a gestão correta dos resíduos, partindo da redução na extração de recursos da natureza e promovendo a economia circular através de desenvolvimento de produtos sustentáveis, diminuição do uso de matéria-prima virgem, priorizando o uso de materiais reciclados e mais duráveis, além da utilização de materiais reciclados.
REVENDO A CADEIA DE VALOR
Para construir um marketing além do discurso é preciso ter coerência e consistência, agregando ações que demonstrem responsabilidade social e ambiental acompanhando o posicionamento da empresa.
Pensando nisso, a Microsoft Brasil implementou uma nova estratégia para o setor de marketing focada em reforçar as práticas ESG da empresa. Inspirados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o time de marketing e eventos realizou o mapeamento dos fornecedores dividindo-os em 4 subcategorias de iniciativas: Proteção direta ao meio ambiente; Redução da Desigualdade; Consumo e Produção responsável e Desenvolvimento humano.
Segundo Luciana Lancerotti, Chief Marketing Officer da Microsoft Brasil, o objetivo é ser sustentável de ponta a ponta e evitar, ao máximo, o desperdício. Para isso acontecer, a alternativa encontrada foi realizar o mapeamento dos fornecedores, uma análise que permitiu a percepção de novas oportunidades e adoção de boas práticas de sustentabilidade. “Durante o mapeamento tivemos dificuldade em encontrar fornecedores compatíveis com a cadeia sustentável, mas depois de uma grande pesquisa conseguimos elaborar uma lista dividida por setores”, afirma a executiva.
Com fornecedores de diferentes segmentos como: alimentos, bebidas, fotografia e transporte, a empresa conseguiu atender as necessidades corporativas e ainda apoiar projetos que fomentam a responsabilidade social e a comunidade local. Entre as boas práticas adquiridas após esse processo de avaliação, estão apoio a comunidades de costureiras que confeccionam camisetas com algodão sustentável, empreendedores locais para produção do café distribuído em intervalos de eventos corporativos, montadoras de estandes que trabalham com madeira de reflorestamento e matérias-primas mais leves para incluir força de trabalho feminina, por exemplo.
Luciana também destaca a importância de estar atento à destinação correta dos resíduos dos eventos e evitar ao máximo o desperdício “Nem as flores da decoração são descartadas de forma indevida, incentivamos que, quem gostar das plantas, as leve para casa se quiser.”, explica.
ESCOLHENDO BOAS PRÁTICAS
O marketing sustentável para além da promoção das ações em prol do meio ambiente, é aquele que tem sua estratégia voltada para diminuir o impacto ambiental, colaborando para realizar negócios melhores para o mundo melhor, para relações mais saudáveis entre as pessoas e o planeta. A gestão e aplicação desse marketing tipo de estratégia também deve girar em torno dos quatro R’s da sustentabilidade: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar.
Como signatária do Pacto Global da ONU, a Artesano Urbanismo tem como principal diretriz o desenvolvimento sustentável e implementa em seus processos produtivos, desde a área de marketing até a engenharia, diversas práticas que atendem aos pilares definidos no ESG.
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