Até 2050, 91% da população total do Brasil estará vivendo em áreas urbanas, de acordo com dados das Nações Unidas (2014). Com isso, a necessidade mais que imediata de novas estratégias para preparar estas áreas surge. A verdade é que essa necessidade já vem de anos, desde 2008, quando pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das pessoas se encontravam em cidades.
O que foi mudando ao longo do tempo foi o leque do que se torna necessário na vida das pessoas e no meio ambiente. Qualidade de vida, cidade humanizada, justa, equilibrada, saúde, sustentabilidade, integralidade, bem-estar social e econômico. É possível ter isso em áreas urbanas?
A resposta é sim! E já existe há alguns anos um conceito e movimento para trabalhar todas essas questões, o Urbanismo Sustentável. A ideia vem da necessidade e urgência em minimizar os impactos ambientais causados pela superlotação e o crescimento desenfreado das cidades.
O conceito do Urbanismo Sustentável é evolutivo e mutável, assim como o próprio termo “sustentabilidade”, e isso ocorre pela necessidade e evolução da sociedade e do meio ambiente.
Com isso, dentro do conceito atual, o Urbanismo Sustentável tem como objetivo trabalhar os aspectos ambientais juntamente com questões culturais, sociais e econômicas. Sendo assim, são 4 os principais pontos que o norteiam.
O meio ambiente, na busca da eficiência dos recursos energéticos e substituição de fontes poluidoras por recursos renováveis e criação de mecanismos tecnológicos que minimizem os impactos causados pela ocupação humana.
A mobilidade, através do uso de transporte coletivo de massas como metrô, ônibus e veículos compartilhados. Além do uso de sistemas que prevem congestionamentos e apontam para os usuários as melhores rotas, evitando assim, a concentração excessiva de veículos.
A qualidade de vida com cidades projetada para pessoas, indo na contramão dos sistemas de planejamentos que colocavam o carro como ponto central. Ou seja, uma cidade capaz de gerar qualidade de vida para seus cidadãos, deve considerar acima de tudo, as pessoas como principal foco, fomentando programas habitacionais, racionalizando os espaços, criando instrumentos urbanísticos que propiciem as relações humanas com o ambiente urbano, a preservação da identidade cultural e a preservação do meio ambiente.
E a interação entre governo e cidadão, onde deve-se engajar as pessoas no planejamento e nas tomadas de decisões, se tornando uma plataforma de projeção das políticas públicas.
VANTAGENS
O Urbanismo Sustentável busca analisar o todo em uma cidade. Pensando na qualidade de vida, cultura, saúde física e mental para as pessoas, para as áreas sociais e econômicas os benefícios vão desde a valorização dos espaços e culturas, do comércio local, o senso de pertencimento aos bairros, a segurança, a qualidade na saúde e a integração do habitar, trabalhar, e ter momentos de lazer.
A preservação e renovação do meio ambiente, compromisso com os aspectos ambientais desde a preocupação com o transporte público, com o incentivo do uso de automóveis compartilhados e a pedestrianização, ou seja, devolver para o pedestre o acesso às ruas, com qualidade.
Tudo isso já vem acontecendo em alguns lugares pelo mundo, como Estocolmo, que em 2022 foi a cidade com o menor índice de emissões poluentes da Europa, segundo o Sustainable Cities Index Universe.
A capital tem o menor número de carros por casa e isso é resultado do investimento e trabalho de conscientização nas formas mais sustentáveis no transporte, como o incentivo ao uso do transporte público, espaços de qualidade e infraestrutura para caminhadas e ciclismo.
Amsterdã, na Holanda, também se destaca através do uso de bicicletas e do leque de transportes públicos de qualidade. Aproximadamente 58% dos moradores afirmam usar a bicicleta diariamente. Essa cultura não começou da noite para o dia, mas já vem desde a década de 70, com a construção das ciclovias e estacionamentos para as bikes.
Outro ótimo exemplo, indo para o lado de habitações e arquitetura é Singapura, Com mais de 5.5 milhões de habitantes, Singapura implementou um catálogo de soluções urbanas que assegura sua posição entre as 10 cidades mais sustentáveis no ranking ARCADIS.
Buscando a redução de carbono, uma das formas é pensar nos edifícios em padrões sustentáveis, desde a matéria-prima. Em Singapura, milagres de edifícios receberam o certificado Green Mark, caminhando para o objetivo da cidade de se tornar 80% sustentável até 2030.
Sem dúvidas há muito o que fazer ainda. E, por ser um conceito mutável, o Urbanismo Sustentável deve acompanhar o desenvolvimento da sociedade e as mudanças do meio ambiente.
CONSTRUIR A SUSTENTABILIDADE
A conscientização da sociedade é uma das vias mais fundamentais, tanto para cobrar dos governos, quanto para começar também a agir para que se tenha cidades sustentáveis abrangendo todas as suas facetas. Desde melhores escolhas no transporte, à escolhas e construção de habitações sustentáveis.
Projetos esses que devem sempre buscar abranger o social, econômico e ambiental. Na Artesano Urbanismo, a busca por construir e preservar um futuro mais saudável em todos os seus pontos faz parte dos valores institucionais da empresa em todos os setores. Todos os projetos desenvolvidos levam em consideração a qualidade de vida, a valorização de espaços e das pessoas, sempre buscando o menor impacto no meio ambiente.
INSTAGRAM