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Como acontece a regeneração de matas nativas?
Além de preservar as florestas e matas que ainda sobrevivem, é importante que governos, empresas, instituições e cidadãos atuem ativamente na recuperação da Mata Atlântica e na regeneração de matas nativas, de modo geral.
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Regeneração de Matas Nativas
A Mata Atlântica é uma das mais ricas florestas do mundo.

Ao longo de cinco séculos, grandes áreas de Mata Atlântica foram devastadas por incêndios, derrubada de árvores, exploração de minérios, agricultura, pecuária, produção de celulose e plantio de espécies exóticas. Todos esses fatores contribuíram para que hoje reste apenas 7,3% da cobertura original do bioma – o segundo maior do continente, atrás apenas da Floresta Amazônica.

A Mata Atlântica é uma das mais ricas florestas do mundo. Segundo a WWF Brasil, abriga 1.361 espécies animais – destas, 567 só vivem neste bioma. Ela também é o lar de uma flora composta por cerca de 20 mil espécies, e a responsável por produzir e conservar recursos hídricos que abastecem cerca de 110 milhões de brasileiros. 

Para mitigar a crise climática, evitar a extinção de espécies brasileiras e restabelecer o equilíbrio ambiental, é fundamental que governos e empresas tracem planos de regeneração de matas nativas. Esses planejamentos precisam envolver três etapas, conforme explica Vinícius Filardi Grecco, Gerente de Engenharia da Artesano Urbanismo: a retirada de espécies exóticas, a recuperação do solo e o plantio de espécies típicas do bioma. 

 

Espécies exóticas prejudicam matas nativas

 

Algumas árvores muito comuns no Brasil, como o eucalipto, não fazem parte de nossas matas nativas e, por isso, têm impacto negativo nos ecossistemas: deixam o solo seco e pobre em nutrientes, matam a vegetação ao redor, secam córregos e espantam pássaros e outros animais. 

“O eucalipto tem raízes profundas e que puxam muita água, o que altera o lençol freático e o regime de águas das regiões onde estão plantados. O solo seca e empobrece, o que por si só já prejudica as espécies nativas. Sem água e com poucos nutrientes, a vegetação típica da Mata Atlântica tende a morrer”, afirma Vinícius.

A fauna do bioma também é afastada das áreas de plantio de eucaliptos. “As folhas de eucalipto têm um óleo natural, responsável por aquele cheiro característico, que altera o pH da terra. Os microrganismos nativos, essenciais para a saúde do solo, também acabam morrendo”, explica o engenheiro. 

O odor típico da árvore atua como um repelente de espécies da fauna da Mata Atlântica. “O eucalipto não dá frutos e suas folhas não fazem parte da dieta de nenhum de nossos animais. Na Austrália, onde é parte da mata nativa, o eucalipto é o principal alimento dos coalas. Mas aqui ele causa um enorme desequilíbrio”, pontua o especialista.  

 

Artesano Urbanismo atua na regeneração de matas nativas

 

Com a sustentabilidade no DNA, a Artesano Urbanismo começou a implantar seu projeto de regeneração de matas nativas na Mata Atlântica. O bioma cerca o primeiro empreendimento Artesano, o Galleria, situado em Campinas (SP). 

“Vamos realizar o plantio de 6 mil mudas de vegetação típica. Antes, vamos realizar um estudo para verificar como ajudar o solo a se regenerar e garantir que as mudas terão condições de se desenvolver”, conta Mônica Picavea, Diretora do Instituto Artesano para o Desenvolvimento Sustentável. 

“Este plantio será feito de maneira regrada, com um regime de espécies pioneiras e secundárias, para que uma muda fortaleça a outra e a mata seja restituída. A espécie pioneira vai atrair os passarinhos, que vai dispersar sementes, e com o tempo a região entra em um fluxo natural, em que não será mais necessário realizar o replantio”, explica Mônica.

O replantio terá mudas de grumixama, pau-brasil, ipê, timbira, bugreiro, araçá, açoita-cavalo, goiabeira, entre outras. 

Elas contribuirão, também, com a recuperação do regime de águas do entorno do loteamento Artesano Galleria. “Hoje, nós temos um córrego que só tem água nos períodos chuvosos. Recuperando a mata ciliar, a tendência é que esse regime de águas se torne constante”, afirma a diretora do Instituto Artesano.



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