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Agricultura urbana faz bem para a saúde e o meio ambiente
Levar alimentos mais frescos e nutritivos à mesa é um dos diferenciais da agricultura urbana
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Desperdício, poluição, degradação do solo e uso de pesticidas nocivos à saúde são alguns dos problemas relacionados à produção e distribuição convencional de alimentos nas cidades. Muitos deles podem ser resolvidos, ou pelo menos minimizados, com a disseminação da agricultura urbana.

Como o nome já explica, a agricultura urbana consiste em produzir alimentos não nas áreas rurais e afastadas, mas dentro dos grandes centros urbanos. A prática, no entanto, não envolve máquinas agrícolas e muitos hectares de plantação. Ao contrário: na agricultura urbana há pequenas produções comunitárias e muita mão na terra.

Como funciona a agricultura urbana?

A agricultura urbana aproxima o local de produção do local de consumo de alimentos. Hortas e pomares podem abastecer bairros residenciais, restaurantes e comércios do entorno. Algumas fazendas urbanas são mantidas pela iniciativa privada e os alimentos produzidos são comercializados, mas há muitos casos de hortas e pomares criados e cuidados de forma comunitária. As frutas, verduras e hortaliças são divididas entre os moradores do entorno, e o excedente é comercializado – o que torna a fazenda urbana uma fonte de renda da comunidade – ou doado a instituições.

Um exemplo de sucesso é a Brooklyn Grange, fazenda urbana que ocupa o topo de dois edifícios no coração de Nova York. Por ano, ela produz 22 mil quilos de alimentos orgânicos que são vendidos para pequenos comércios e restaurantes.

Em São Paulo, a ONG Cidades Sem Fome ajuda a desenvolver hortas comunitárias orgânicas em regiões periféricas. O projeto já criou 25 hortas comunitárias na Zona Leste da cidade e garante a subsistência de 650 pessoas.

Como a agricultura urbana ajuda o meio ambiente?

Os benefícios da agricultura urbana ao equilíbrio ambiental são vários. Plantar e/ou consumir alimentos de fazendas urbanas é uma boa maneira de manter um estilo de vida mais sustentável.

Reduz o desperdício: aproximando os locais de produção e consumo, a agricultura urbana elimina as etapas de transporte e armazenamento de alimentos, que são as principais causas de desperdício;

Diminui a poluição: como o transporte não é necessário, a agricultura urbana não aumenta a poluição do ar. Ao contrário: o aumento de áreas verdes ajuda a purificá-lo;

Evita o desequilíbrio ambiental: quando os agricultores urbanos optam por não utilizar agrotóxicos, contribuem com o equilíbrio do ecossistema e a saúde do solo;

Economiza recursos naturais: em pequenas plantações, é mais viável implantar um sistema de captação e reúso de águas das chuvas para irrigação.

Por que a agricultura urbana faz bem à saúde?

Alimentos vindos de fazendas urbanas, quando cultivados de maneira orgânica, são benéficos para a saúde de toda a família.

Preserva nutrientes: o cultivo de alimentos sem agrotóxicos evita a perda de nutrientes. Os vegetais chegam à mesa muito mais ricos em minerais, vitaminas e fibras;

Não contém substâncias nocivas à saúde: muitas substâncias sintéticas utilizadas em produções não-orgânicas, embora legalizadas, são cancerígenas. Consumir alimentos livres destes agrotóxicos é sempre mais seguro;

– Estimula uma alimentação natural: plantar faz bem para a saúde emocional. Mas, mesmo que nem todas as famílias possam participar ativamente de uma fazenda orgânica, visitá-las e escolher os produtos direto da terra cria um novo vínculo com o alimento. Isso desperta a curiosidade e estimula a alimentação natural nos adultos e também nas crianças.

Agricultura urbana em condomínios residenciais

Nos projetos Artesano, a agricultura urbana está presente em hortas e pomares comunitários. Os moradores são incentivados a se engajar no cultivo do próprio alimento, e recebem em casa as frutas, verduras e hortaliças frescas e livres de agrotóxicos.

O excedente da produção não é desperdiçado. A Artesano Urbanismo firma parcerias com instituições do entorno dos residenciais para distribuir parte dos alimentos cultivados no projeto de agricultura urbana.

Para pensar sobre a agricultura urbana: dica de documentário

Embora muitas plantações convencionais prejudiquem o solo a ponto de desertificá-lo, é possível pensar e praticar a agricultura para regenerá-lo. No documentário Solo Fértil, lançado em 2020 e disponível na Netflix, especialistas e celebridades engajadas explicam o efeito das plantações sobre a saúde da terra e relatam experiências.



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