O ano de 2020 marcou a história do mundo com um dos maiores impactos sanitário, econômico e social dos últimos tempos – a pandemia do coronavírus, momento que trouxe diversas problemáticas, mas também novas perspectivas. E uma delas é a relação das pessoas com o seu próprio lar.
É inegável que o modo de viver foi alterado. Antes, a casa era o local em que menos se passava tempo, era o lugar para dormir, descansar e estar com a família. Durante e após a pandemia, tornou-se o lugar de receber, através de reuniões online, os colegas, chefes e clientes. Inclusive, onde ocorreram formaturas, encontros virtuais de lazer e até casamentos.
Um processo abrupto onde não permitiu tempo para organizar um ambiente em que se pudesse estar e viver durante 24h com comodidade – entre trabalho, estudos, lazer e ainda assimilar uma pandemia mundial. A junção de todas estas questões, impactou diretamente a saúde física, mental e emocional das pessoas.
CASA DO FUTURO
Se o modo de viver mudou, o modo de consumir também foi alterado transformando o mercado de imóveis. De acordo com a pesquisa da Hibou, Instituto de Pesquisa e Monitoramento de Mercado, em setembro de 2020 o grau de insatisfação com a casa cresceu após o isolamento. Isso se deu pela necessidade de mais quartos, espaço para home office, varandas e quintais para contato com a natureza.
A pesquisa “O que o brasileiro quer dentro de casa pós pandemia?”, também do Instituto Hibou, pontua que a casa do futuro pode ser resumida em duas palavras: bem-estar e sustentabilidade. Trazendo conexão, hipervigilância, conforto, adaptação e verde ao novo habitar.
E isso esclarece o conceito de arquitetura sustentável ou arquitetura verde, que vem para contribuir não apenas no espaço físico, mas em todas as questões de bem-estar, saúde e sustentabilidade do morador.
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Com o objetivo de proporcionar ambientes saudáveis desde a sua produção, a arquitetura sustentável busca reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente e à saúde através da emissão, poluição e desperdício de componentes na construção de edificações.
Essa prática tem diversos benefícios para a saúde dos seres humanos e do planeta. Muito mais do que proporcionar ambientes arejados, economia de água e luz solar, a arquitetura sustentável transcende e vai além, é sobre as sensações através da experiência do morar bem que se refletem no bem-estar mental, emocional e físico.
Ambientes que levam esse conceito podem proporcionar maior produtividade em um home office, maior foco e concentração na hora dos estudos, tranquilidade e felicidade através do contato com a natureza e saúde física, na diminuição da poluição.
O ciclo da arquitetura verde busca desde o início focar na sustentabilidade e bem-estar completo dos moradores e das gerações que estão por vir. Impactando diretamente na nova visão que se cria sobre saúde de maneira integrada, qualidade de vida, restabelecendo a relação entre ser humano e meio ambiente.