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Reflorestar para regenerar: projeto da Artesano Urbanismo quer potencializar o plantio de florestas
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O reflorestamento ambiental é uma prática cada vez mais importante quando se tem em mente a mitigação das mudanças climáticas, especialmente para grandes emissores de carbono como é o caso da construção civil. Além do combate às mudanças climáticas, o plantio de florestas ajuda a aumentar as áreas de recargas hídricas, e reduzir a escassez de água e a temperatura atmosférica, e também aumentar a biodiversidade. 

O setor da construção civil, segundo as Nações Unidas, é responsável por 1/3 das emissões de gases do efeito estufa no mundo, e um dos mercados com os maiores desafios quando se fala sobre materiais e uso dos recursos naturais.  

Pensando nisso, a Artesano Urbanismo tem como premissa a regeneração do local que ela chega. Isso quer dizer que depois da implantação dos empreendimentos, a urbanizadora tem como compromisso entregar aquele território numa situação melhor do que quando chegou. Melhor para o meio ambiente, para a sociedade e para as pessoas que vivem no local. 

E isso acontece por meio de práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva da empresa, que é pensada para minimizar esses impactos e ajudar a preservar o meio ambiente. 

UM MÉTODO INOVADOR

O plantio de florestas é um deles, uma prática que ajuda a neutralizar as emissões de carbono geradas pelas atividades das empresas, uma vez que as árvores absorvem o dióxido de carbono presente na atmosfera durante o processo de fotossíntese. Além disso, as florestas ajudam a melhorar a qualidade do ar e a conservar a biodiversidade local.

Segundo o Gerente de Engenharia da Artesano, Vinicius Grecco, o projeto piloto de reflorestamento em Ribeirão Preto (SP) foi um projeto da Artesano que surgiu com o objetivo de contrapor as técnicas convencionais utilizadas em planos de recuperação de áreas degradadas.

A ideia era acelerar o processo de regeneração da mata por meio da aplicação de técnicas da agricultura. Então, o botânico e paisagista, Ricardo Cardim, desenvolveu para a Artesano uma técnica baseada na metodologia do Dr. Miyawaki, que acelera o processo de crescimento e constituição do novo maciço florestal. O projeto piloto foi implementado pelo engenheiro ambiental e agrônomo Romualdo Monteiro.

Créditos: Ema Peter

FLORESTAS DE BOLSO

A técnica planejada pelo botânico Ricardo Cardim, foi batizada por ele de Floresta de Bolso, e consiste no plantio de árvores em áreas urbanas ou rurais de pequeno porte. Essa técnica é especialmente indicada para empresas que não possuem grandes áreas disponíveis para o plantio de florestas. 

As Florestas de Bolso são compostas por árvores de diferentes espécies e tamanhos, que são plantadas em áreas degradadas ou subutilizadas, como terrenos baldios, áreas de preservação permanente, margens de rios e lagos, entre outros. As árvores são escolhidas de acordo com as características do solo e do clima da região.

Porém, além da escolha das árvores, seria necessário, quando falamos sobre áreas degradadas, que houvesse um preparo especial do solo, que no caso foi realizado pelo agrônomo e engenheiro ambiental Romualdo Monteiro. A preparação do solo, envolveu técnicas agrícolas, mas também novas metodologias para garantir um crescimento maior das árvores, fazendo com que atingissem maior maturidade no período de um ano, tornando a floresta mais independente e com menor necessidade de manutenções. 

Este é um dos pilotos, que a empresa deseja testar, em busca dos melhores métodos de regeneração florestal, em seu projeto Regenera Clima, fomentado pelo Instituto Artesano. 

Este projeto, tem como objetivo recuperar o maior número de florestas e criar corredores de biodiversidade nas cidades, da forma mais eficiente possível. 

PROJETO PILOTO

A implementação do projeto iniciou em dezembro de 2021, em uma área de 1000m². De acordo com a Gerente de Negócios, Anna Rolim, a hipótese era que o projeto daria resultados em um período de 6 meses a um ano, onde as copas das árvores se juntariam e a floresta estaria formada, sem necessitar de irrigação externa.

“Olhamos esses 1000m² hoje e, comparado com outras áreas de vegetação do entorno, a diferença é gritante. Normalmente, em um processo de recuperação convencional, uma floresta se forma entre três a cinco anos, com muita perda e muita manutenção. Neste projeto conseguimos formar essa floresta em um ano”, destacou.

PRÓXIMOS PASSOS

O próximo passo da Artesano, explica Anna, é conquistar as autorizações necessárias para aplicar esta metodologia em uma escala maior, e otimizar cada vez mais nosso impacto positivo por meio do plantio de florestas nas cidades. 

“O pioneirismo, não é algo fácil e nem simples de se fazer. Além dos desafios da inovação, precisamos enfrentar a autorização dos órgãos competentes, para usar técnicas inovadoras e realizar estes processos nas áreas de preservação. Nós documentamos todos esses estudos, a execução e os benefícios para o meio ambiente e para o ecossistema como um todo. Agora precisamos obter as autorizações necessárias e convencer os principais agentes envolvidos de que esse projeto é realmente algo transformacional para regenerar os territórios de uma maneira mais eficiente”, pontuou.

INOVAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE

Estimular técnicas novas e disruptivas para impulsionar a sustentabilidade é uma das principais diretrizes da Artesano. E esse projeto, segundo Anna, surgiu da ideia de melhorar a eficiência dos projetos de regeneração de florestas e ainda ajudar uma região que enfrenta problemas graves com incêndios. “A equipe da Artesano trouxe a ideia como um teste em uma área fora de preservação permanente para tentar essa técnica em busca de mais eficiência nos projetos de recuperação ambiental. E podemos observar na prática, que o projeto segue crescendo e com ótimos resultados”, concluiu.



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